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Nova reestruturação do BB pode reduzir PLR dos funcionários

Brasília – As mudanças anunciadas pelo Banco do Brasil na segunda-feira (3) no plano de carreiras e salários pode levar à redução da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) paga aos funcionários, segundo dirigente sindical, João Fukunaga.

“A PLR é paga com base no valor de referência (VR) da gratificação paga aos funcionários. As mudanças anunciadas pelo banco reduzem o VR e, com isso, a PLR também pode ser reduzida”, explicou o representante dos funcionários.

A próxima parcela da PLR, que tem que ser paga até o final de março, ainda não sofre alterações. “O valor é referente ao semestre passado, quando ainda valia o VR anterior. Mas, a partir deste ano o banco quer economizar reduzindo o valor a ser pago de PLR aos funcionários. Temos que nos mobilizar para garantir nossos diretos e impedir mais esse ataque aos trabalhadores”, disse Fukunaga.

Remunerações mensais

As mudanças também atingem as remunerações mensais. Com a alegação de aumentar as remunerações para evitar a perda de funcionários para bancos e outras empresas privadas, o banco instituiu um bônus de até quatro salários por ano para quem cumprir metas. Mas, em contrapartida, o banco vai reduzir os valores de referência das gratificações pagas aos funcionários.

Segundo o coordenador da CEBB, as mudanças geram perdas de até 15% da remuneração mensal dos funcionários. “O banco tenta vender isso como sendo algo bom, que vai equiparar os salários aos do mercado privado. Todos sabemos que cargos em empresas públicas são disputados devido ao salário acima da média do mercado.

As pessoas conquistam uma vaga em concursos”, disse. Para ele, as mudanças implantadas reduzem os salários dos funcionários concursados, de carreira, que conquistaram o emprego por méritos próprios, e aumentam o dos “funcionários” que ocupam cargos preenchidos por nomeação do governo e da direção do banco, indicados pelo marcado privado.

“A proposta traz redução de salários para o conjunto dos funcionários e aumento para uns poucos indicados pelo mercado. E o governo vende a ideia de que isso é bom. É bom pra quem?”, questiona Fukunaga. Seeb SP


BB PAGARÁ BÔNUS DE ATÉ 4 SALÁRIOS PARA FUNCIONÁRIOS COM MELHOR DESEMPENHO

O Banco do Brasil lançou nesta segunda-feira um novo programa de remuneração dos funcionários. Entre as medidas está o programa de desempenho gratificado (PDG), que prevê o pagamento de um bônus equivalente a até quatro salários para os funcionários com melhor performance.

Segundo o BB, as medidas visam impulsionar a alta performance dentro da empresa, com foco na valorização do desempenho dos funcionários e no incentivo ao desenvolvimento profissional. O banco diz ainda que as ações são fruto de longo estudo feito a partir de pesquisa de mercado no segmento bancário e buscam preparar o BB para os novos desafios e oportunidades do setor financeiro, em constante transformação.

O PDG, que antes era restrito apenas aos funcionários que trabalham na rede de atendimento ao cliente, agora será expandido para todos os empregados do BB. Segundo o banco, o programa poderá premiar até 37 mil funcionários, o que representa 40% do total.

Para compensar os novos benefícios, o BB vai rever a remuneração fixa para todas as funções de confiança e funções gratificadas, que eram superiores às praticadas pelo mercado. Além disso, vai promover “ajustes de atratividade e encarreiramento das funções de confiança do segmento assessoramento, ajustes de nomenclaturas, criação e extinção de funções”.

“Com isso, o BB reduziu os valores que foram identificados como acima da média do mercado – a maior parte dos casos – e aumentou os que se mostraram defasados (gerentes de relacionamento PAA, private sofisticado e corporate upper middle)”.

O BB disse que aprimorou também a possibilidade de ascensão da carreira em “Y”, quando o profissional pode optar entre seguir para o cargo gerencial ou escolher se tornar um especialista em uma área técnica.

Assim, foram criadas as funções de especialista I, especialista II e especialista III, que terão posições hierárquicas similares a gerente executivo, gerente de soluções e gerente de equipe, respectivamente. Valor Econômico

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