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Santander, Safra, Itaú, Bradesco e Banrisul já anunciaram pagamento da PLR

Após solicitação do movimento sindical, os bancos Santander, Itaú, Banrisul e Safra divulgara, que pagarão a PLR em 25 de fevereiro. Por sua vez, o Bradesco informou que irá pagar a PLR já no dia 11 de fevereiro.

A CCT determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito, mas todos os anos a entidade pede que seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

O que vem em março é a segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários.

É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional e no teto da PLR 2021.

Veja o que a CCT determina para a PLR dos bancários

A categoria bancária foi a primeira no Brasil a conquistar participação no lucro das empresas. Assim, desde 1995, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários determina o pagameno da PLR pelos bancos.

A PLR dos bancários é composta por regra básica e parcela adicional:

1- Regra Básica: corresponde a 90% do salário-base + verbas fixas de natureza salarial, reajustados em setembro de 2021, mais o valor fixo de R$ 2.807,03, limitada ao valor individual de R$ 15.058,34.

A regra básica tem como teto o percentual de 12,8% do lucro líquido do banco; e, como mínimo, o percentual de 5% do lucro líquido do banco. Ou seja, se o valor total da “Regra Básica” da PLR for inferior a 5% do lucro líquido do banco, em 2021, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários do empregado e limitado ao valor de R$ 33.128,31, ou até que o valor total da “Regra Básica” da PLR atinja 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro.

2- Parcela Adicional: corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido, pelo número total de empregados, em partes iguais, até o limite individual de R$ 5.614,06.

De acordo com a CCT, todas as instituições financeiras que apresentaram lucro estão obrigadas a pagar a PLT, com exceção das que tiveram prejuízo em 2021.

Lucro dos bancos

Os três maiores bancos privados brasileiros lucraram R$ 69,4 bilhões em 2021, um aumento de 30% em relação a 2020. Com os resultados, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil viraram a página de um ano conturbado para o setor, ainda marcado pelos efeitos da pandemia, em que as provisões contra a inadimplência reduziram fortemente os lucros. O retrato do ano, porém, é diferente dos resultados trimestrais.

Exceto pelo Itaú, a maior parte da recuperação se deu nos dois primeiros trimestres do ano, com a retomada da economia brasileira. No segundo semestre, a atividade dos clientes dos bancos deu um salto com a vacinação contra a covid-19, mas a inflação começou a pesar e o Banco Central começou a elevar rapidamente os juros, o que fez a inadimplência subir e junto com ela, o custo de crédito. No mercado de capitais, as ofertas de ações pararam, fazendo as receitas com assessoria a negócios dos bancos caírem dois dígitos.

No quarto trimestre, o lucro do Itaú destoou dos rivais, e subiu 33% sobre o mesmo período de 2020. No Bradesco, houve desaceleração de 2,8%, e no Santander, de 2%.

Os três bancos expandiram seus gastos com provisões contra a inadimplência entre o terceiro e o quarto trimestres. O movimento tem sido atribuído pelos executivos do setor ao crescimento das carteiras de crédito, que traz consigo a necessidade de reforçar o colchão contra perdas.

“O custo de crédito vai crescer nominalmente porque a carteira vai crescer nominalmente”, disse o presidente do Itaú, Milton Maluhy, em coletiva de imprensa.

A estimativa dada pelo banco para o indicador aponta para um crescimento de até 43% deste custo, ante alta de até 12% da carteira de crédito – abaixo dos 18% da carteira total este ano. “O cenário macro é diferente em 2022 daquele que a gente observou em 2021”, disse o executivo, falando que o banco vai ser mais cauteloso, com tendência de inadimplência em alta.

Bancos públicos

Por dispositivos legais, a PLR não pode ser paga antes da distribuição aos acionistas. E, dado o histórico das negociações com as entidades de representação dos funcionários, o pagamento é feito no mesmo dia da distribuição aos acionistas.

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