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Reuniões do movimento sindical com Bradesco, Itaú e Santander

BRADESCO

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco-Contec esteve reunida quinta-feira (17), virtualmente, com representantes do Banco. A reunião foi conduzida pelo coordenador da COE Bradesco/Contec, Gladir Basso e pelo secretário da COE, Breno Ferreira. O Banco Bradesco foi representado por Silvia Eduara Cavalheiro e Priscila Wallace Buck Mosca, da área de Relações Institucionais e Relações Sindicais do Banco.

Gladir Basso abriu a reunião cumprimentando o presidente da Contec, Lourenço Ferreira do Prado, os dirigentes de federações e sindicatos de todo país e agradeceu aos representantes do Banco por atenderem ao pedido feito pela COE Bradesco/Contec.

Teletrabalho

Passada a palavra à representante do Banco, Eduara cumprimentou a todos e se colocou à disposição para ouvir as demandas. Enfatizou que o banco foi pioneiro nas negociações sobre o tema, sendo o primeiro a assinar um acordo sobre o teletrabalho com seus funcionários. Com o vencimento do ACT em setembro de 2022, conforme acordado, desde o fim da emergência de saúde pública devido à pandemia do coronavírus, o banco está seguindo o acordo sobre teletrabalho assinado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria 2022/2024. Sobre a elegibilidade de quem pode trabalhar remotamente, informou que as agências não são consideradas elegíveis devido a sua atividade de atendimento ao público.

O presidente da Feeb MG, Alfredo Brandão, sugeriu aos representantes do banco que apoiem o movimento sindical na formulação de uma legislação específica sobre o teletrabalho, com soluções customizadas para o setor bancário. A representante Eduara concordou em debater sobre o assunto nas próximas reuniões. O presidente da Contec, Lourenço Prado também registrou sua concordância com a sugestão do Sr. Alfredo e enfatizou a importância de nos anteciparmos com relação à formulação de legislações específicas e informou que os debates sobre esse tema continuarão na reunião do Conselho Consultivo da Contec.

Seguro saúde

Em seguida, Breno, secretário da COE, ressaltou ter recebido várias demandas a nível nacional em relação ao plano de saúde, que não tem uma cobertura satisfatória nas unidades do interior. Na reunião foram relatadas as dificuldades para os novos credenciamentos de profissionais no plano de saúde. Houve uma diminuição muito grande de profissionais credenciados, trazendo problemas principalmente para as cidades do interior, pois mesmo em clínicas/hospitais credenciados, os médicos não são todos credenciados.

A representante Eduara pediu às Federações que retomem o levantamento dos problemas que tem ocorrido em suas bases como, por exemplo, a falta de algum atendimento pelo plano de saúde, e enviem um relatório para o e-mail de relações sindicais do banco. Desta maneira, o banco terá 90 dias para encaminhamento à seguradora e marcação de reuniões presenciais entre as federações e representante da seguradora, para prestarem esclarecimentos e apresentarem as soluções. Existem problemas pontuais em várias cidades do interior e é necessário um trabalho contínuo para esse diagnóstico. Ana Paula Guedes, Assessora da presidência da Contec, se prontificou em ajudar as Federações no envio dos relatórios para que todos tenham êxito na busca de soluções.

Com relação ao reembolso de consultas, Eduara afirmou que o valor de reembolso adotado hoje é compatível com o mercado. Já sobre as sugestões apresentadas a respeito da ampliação da telemedicina, para facilitar o fornecimento de receitas médicas de uso contínuo e a possibilidade de convênio com a Unimed, visando melhorar os atendimentos nas cidades do interior, Eduara levará ao banco para estudo.

Fechamento de agências, demissões, cobrança de metas abusivas

Sobre fechamento de agências e demissões, Eduara informou que o Bradesco mantém um estudo permanente para adequar os pontos de atendimento ao mercado, considerando critérios como o fluxo de clientes e tendência de inovação digital. Afirmou que o Bradesco está com saldo positivo de admissões e quando há a decisão de fechamento de agências é dada a oportunidade para os funcionários serem aproveitados.

Sobre a cobrança de metas, Eduara informou que será realizada reunião específica em 2023, como combinado na CCT.

Mudança de nomenclatura dos cargos

A nomenclatura “Escriturário” mudou para “Agente de Negócios”.
A nomenclatura “Caixa” mudou parcialmente para “Agente de Negócios Caixa”.

Todos os escriturários tiveram sua nomenclatura alterada. Mas no caso do Caixa, a depender do movimento da agência, o funcionário fica exclusivamente no caixa, sem tempo para atender no balcão, por exemplo. Com isso, fica com a mesma nomenclatura, pois atua só nessa atividade. O rol de atividades continua o mesmo, mas há agências com demandas diferenciadas.

A representante do banco listou que os motivos das alterações são: adequação às nomenclaturas utilizadas atualmente pelo mercado; maior fluidez na medida que os acessos são revisados; fluidez na carreira.

Gympass

Com relação aos convênios com academias, Breno lembrou que já solicitamos no passado e o banco ficou de avaliar e os bancários cobraram o posicionamento do banco. Eduara informou que, no passado, o banco decidiu por não adotar o Gympass, mas levará o pleito para análise.

ITAÚ

Nesta quinta-feira (17), de forma virtual, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) ITAÚ-Contec, coordenada pelo diretor da Feeb SC, Eduardo Israel, se reuniu com os representantes do Itaú-Unibanco para discutir as repercussões jurídicas da circular RP-52. O banco foi representado por Romualdo Garbos, Gustavo Barbosa e Marina.

O assunto em questão foi levantado pelo presidente Alfredo, da Federação de Minas Gerais, pois identificou algumas decisões judiciais na região da base da Federação de MG, que reconhecem que o Itaú pratica um sistema remuneratório de plano de cargos e salários. O Itaú, em sua RP-52, não tem isso definido e alegou não praticar esse sistema apresentado nas decisões judiciais.

Romualdo Garbos, representante do Banco, agradeceu a iniciativa do presidente Alfredo (Feeb MG) e ao Eduardo Israel, coordenador da COE, por terem relatado os assédios ocorridos na base de MG e por mobilizarem os presidentes das Federações e dirigentes sindicais da Contec para ouvirem os esclarecimentos sobre a norma RP52 – política interna do banco que trata de remuneração fixa.

A norma tem sido alvo de interpretações jurídicas equivocadas de alguns escritórios de advocacia, que têm assediado os sindicatos para que entrem com ações coletivas contra o banco, se aproveitando do desconhecimento dos funcionários sobre o tema. O banco lamenta e repudia veementemente a atitude desses escritórios.

Os representantes do banco esclareceram que a RP52 trata de uma política que estabelece orientações sobre o pagamento de verbas salariais fixas, na qual quem tem avaliação e performance diferenciada pode ser contemplado por mérito ou promoções conforme critérios de conveniência, não havendo obrigatoriedade em conceder aumentos salariais.

A política de méritos e promoções contempla mecanismos para que o reconhecimento da performance das pessoas baseadas em meritocracia se torne um processo mais justo e objetivo.

Questionado sobre as possíveis implicações jurídicas do banco perder essas ações, o representante informe que, além de uma natural distorção, teríamos que promover as pessoas nas bases sem levar em conta critérios de performance, progressão na carreira, prontidão, vaga disponível, análise de comitê específico, dentre outros requisitos, causando problemas em toda a lógica de remuneração do banco. A repercussão disso seria péssima. Provavelmente com fechamento de agências por não conseguirem manter os custos.

Em suas teses os escritórios defendem equivocadamente que a promoção é automática, se atingiu determinado critério já ganha a promoção. Na hora que se aplica uma decisão dessa, se houver uma condenação do banco, você inviabiliza uma agência. Provavelmente não tem como manter uma folha de pessoal fazendo essas progressões.

A COE solicitou ao banco que disponibilize o texto da referida RP para entenderem a motivação dessas ações judiciais. Os representantes do banco alegaram que se trata de um documento interno e restrito, que não está em vigor há alguns anos e que mudou de número. Mas se prontificaram a verificar se podem disponibilizar um extrato sobre o teor da norma. O banco deseja que a RP não se torne uma ferramenta para os escritórios alimentarem uma interpretação equivocada e está à disposição para esclarecer o princípio para o qual a norma foi construída, de criar mecanismos mais claros e objetivos, estabelecer um sistema justo para que as pessoas não tenham regras particulares.

O presidente Alfredo enfatizou o desgaste administrativo e econômico que esse tema causa ao movimento sindical, além de ser oneroso e que é importante a orientação sobre esses assédios a fim de evitar processos equivocados. Sugeriu que o tema seja objeto de uma reunião específica entre o Conselho da CONTEC e o banco, para esclarecerem a todos os sindicatos que não concordam e não entraram com essa ação coletiva.

Temos que preservar os empregos das pessoas evitando consequências desastrosas como o fechamento de agências por responsabilidade dos sindicatos terem entrado com processos coletivos, devido ao oportunismo de escritórios de advocacia que já ganharam muito dinheiro litigando contra bancos e aproveitam a oportunidade desse tema para judicialização equivocada.

Os representantes do banco reforçaram que o Itaú acredita muito na mesa de negociação e quanto mais o diálogo é fortalecido, mais boas práticas e proteção dos trabalhadores serão mantidas.

Eduardo agradeceu a todos lembrando que a COE sempre estará aberta para discutir e trazer melhores alternativas para valorizar os funcionários.

SANTANDER

Em São Paulo, o presidente da CONTEC, Lourenço Prado, e presidentes de sindicatos e federações filiadas à Confederação estiveram presentes em reunião com o COE Santander, nesta quinta-feira (17). A Federação dos Bancários do Paraná (Feeb-PR) e seus sindicatos filiados esteve representada nesta reunião por Israel Lobo Coelho, do Seeb Maringá e membro da COE Santander/Contec.

A reunião, promove o debate entre as partes para propor mudanças, apresentar demandas, entraves e questionamentos das bases dos trabalhadores.

Entre os tópicos abordados no encontro, os horários bancários durante o período de Copa do Mundo e as relações entre o banco, os funcionários e os sindicatos, estiveram em foco.

Sobre as projeções dos bancários no mercado de trabalho, as partes trataram sobre os funcionários se tornarem cada vez mais vendedores, em suas funções. Questão amplamente debatida, levando em conta o cenário pandêmico e o surgimento de novas tecnologias para os bancos.

Questionada sobre a maneira que o Santander tem tratado os funcionários e os sindicatos, no que diz respeito ao diálogo entre as partes, a representante do Santander, foi enfática quanto a modernização do sistema bancário, que pode acarretar mudanças internas.

Em outro momento, os representantes sindicais abordaram as questões de segurança bancária e a vulnerabilidade dos trabalhadores do sistema financeiro.

Ponto importante da reunião, trata-se das metas abusivas impostas pelos bancos aos funcionários. O Santander se comprometeu a apresentar novas soluções em um momento oportuno e breve.

Sobre a destinação irregular da mensalidade sindical, no momento de transferência do trabalhador, o COE Santander irá ajustar o problema.

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